Vivemos em uma era digital, onde os celulares estão cada vez mais presentes no dia a dia das famílias. Eles aproximam, divertem e até ajudam nas tarefas escolares. Mas será que existe uma hora certa para colocar esse recurso nas mãos das crianças? Cada vez mais estudos mostram que o uso precoce do celular, especialmente antes dos 13 anos, pode trazer riscos importantes para a saúde emocional dos pequenos. E é sobre isso que queremos conversar com você.
· O que dizem os estudos
Pesquisas apontam que o contato muito cedo com o mundo digital pode afetar o desenvolvimento emocional e social das crianças. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o uso excessivo de telas está relacionado ao aumento de sintomas de ansiedade, depressão e dificuldades de atenção.
Um levantamento recente, divulgado pelo G1, revelou que crianças que recebem um celular antes dos 13 anos apresentam maior risco de desenvolver depressão, ansiedade e até pensamentos suicidas na adolescência. Estudos internacionais, como os da psicóloga Jean Twenge, da Universidade Estadual de San Diego (EUA), reforçam que o excesso de tempo em smartphones e redes sociais está ligado à baixa autoestima e sintomas depressivos. O psicólogo e pesquisador Jonathan Haidt, da Universidade de Nova York, destaca que o uso precoce das redes sociais tem gerado aumento preocupante de transtornos emocionais, especialmente entre meninas, muitas vezes pressionadas por padrões irreais e comparações constantes.
· Impactos no desenvolvimento socioemocional
Quando o celular ocupa um espaço muito grande na rotina das crianças, momentos preciosos acabam ficando em segundo plano: o tempo de brincar, as conversas em família, a convivência com os amigos e o aprendizado emocional.
Estudos também mostram que o uso excessivo do celular pode atrapalhar o sono, dificultar a concentração e prejudicar o desenvolvimento de habilidades essenciais, como a empatia, a tolerância à frustração e o autoconhecimento.
· Família e escola: uma parceria que protege
No Colégio Estillo, acreditamos que educar vai muito além do conteúdo acadêmico. Cuidar da infância é também ajudar a construir relacionamentos saudáveis, vínculos afetivos e uma boa relação com a tecnologia. Promovemos ações de conscientização com estudantes e famílias sobre os riscos do uso precoce do celular e incentivamos limites saudáveis também fora da escola. Um dos destaques desse cuidado é o nosso querido Espaço das Emoções. Pensado com muito carinho, ele foi criado para acolher e atender às demandas socioemocionais dos estudantes. Nesse espaço, realizamos rodas de conversa, momentos de escuta, atividades que promovem o autoconhecimento e ajudam os estudantes a se conectarem com suas emoções. É um ambiente especial que fortalece a autoestima, estimula o vínculo entre colegas, professores e toda a comunidade escolar, e contribui para o desenvolvimento de uma convivência mais empática, segura e saudável.
· Cuidar da infância é um compromisso coletivo
Sabemos que as crianças aprendem pelo exemplo, pela convivência e pelo afeto. Por isso, quando escola e família caminham juntas, o resultado é o que mais desejamos: crianças mais felizes, seguras e emocionalmente saudáveis.
Para saber mais
Um conteúdo complementar que aprofunda esse tema foi publicado no G1:
“Crianças com celular antes dos 13 anos têm mais risco de depressão e baixa autoestima, aponta estudo” Clique para acessar: https://share.google/pCcsr2BYtM0PVmN66